Enquanto falta para alguns, sobra para outros

Joyce Afonso

Dados da ONU de 2006 revelam que até 2050 mais de 45% da população mundial não terá acesso à água potável. O novo diretor executivo do Serviço Autonômo de Água e Esgoto (SAAE) Mariana, Valdeci Fernandes Júnior, constatou que o consumo de água na cidade é de duas a três vezes acima da média nacional, considerando um consumo médio diário de 150 litros.

Moradores do município, com frequência visualizam vazamentos em canos, toneiras e caixas d’água, o que muitas vezes demora dias para ser solucionado. Acrescido a isso, algumas pessoas possuem hábitos extravagantes de consumo, como lavar carros e calçadas com água potável, tomar banho por tempo superior ao necessário e escovar os dentes com a torneira aberta. “Eu saio e chego nos bairros e tem morador com água aberta. Sou de Belo Horizonte e tenho o uso racional da água, porque lá tem que pagar por ela”, conta Jussara, moradora do bairro Rosário, em Mariana.

Em alguns pontos de Mariana, moradores chegam a ficar mais de uma semana sem água. Além de provocar doenças, a falta d’água priva os seres humanos de acesso a um dos bens mais elementares e essenciais à vida. Problemas como esses indicam deficiências na administração municipal, mas certamente poderiam ser evitados por meio de um consumo consciente. Pequenas ações podem fazer a diferença.

Curioso para saber como Joyce coletou essas informações? Veja o making-of e descubra como foi o processo de apuração:

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